Aqui não há milagres. Começamos já por esclarecer isto.
As pessoas não compram sem terem um porquê muito forte. E isso significa, desde logo, que se o título não for bom, ninguém clica, não há aberturas de e-mails. Assim, o propósito do assunto é simples: fazer as pessoas pararem o que estão a fazer e começarem a ler o que tem para lhes dizer.
E só consegue essa atenção se apelar à emoção, seja a partir de uma dor ou de um desejo do seu potencial cliente. Além disso, o “menos é mais” aplica-se bastante bem às linhas de assunto: quanto mais curtas, minimalistas e diretas ao ponto, melhor!
Pense nisto: cada trabalhador de escritório recebe, em média, 120 e-mails por dia (dados do Campaign Monitor). Desses, 40 são e-mails importantes de trabalho, que requerem resposta. Os outros 80 são e-mails “sedentos” de atenção. A solução para se destacar é oferecer algo em que os seus subscritores vão querer clicar.
Deixamos-lhe 9 exemplos de assuntos/temas de e-mails que geram mais aberturas… e um sobre o que não deve usar!
Curiosidade
Deixar o leitor curioso é um gatilho poderoso para aumentar o número de emails abertos. Geralmente, este género de assuntos de e-mail terminam com reticências ou com interrogação.
Exemplos: Também comete estes 6 erros comuns nas redes sociais?; Não vai acreditar no que aconteceu…
Urgência
Útil para promoções ou lançamentos de produtos/serviços, apelar à urgência pode voltar-se contra si, caso não use este gatilho emocional em casos específicos. Usada de maneira errada, a criação da sensação de urgência pode apenas acabar por afastar o leitor.
Exemplo: Brinde exclusivo apenas para as 100 primeiras compras! ?
(P.S.: Usar emojis, em qualquer caso, também é um bom chamariz para que abram o e-mail.)
Personalização
Apesar de não ser propriamente um tema ou assunto em si, tornar as mensagens mais personalizáveis aumenta as chances de o seu e-mail ser aberto. Aqui, há que destacar que deve trocar o “eu, mim, meu, minha, nós, nosso” por “tu, você, seu, sua, seus, suas” – as pessoas interessam-se por elas próprias e a estratégia de comunicação tem de estar centrada no cliente e não em si ou na sua empresa.
Exemplos: Aqui está algo que precisa de saber; Preparei este ebook para ti, [NOME]!
Números/estatísticas
“Em forma de lista, itens numerados, tudo certinho, bem organizado, para facilitar a consulta de você”, como cantavam os Gato Fedorento. Assim como é um dos tipos mais populares de conteúdo, as listas numeradas também podem e devem ser utilizadas como assunto de e-mail. Leitores de blogs e subscritores de e-mail são atraídos por este tipo de conteúdo pelo mesmo motivo: a sua facilidade e rapidez na leitura!
Exemplos: 70% das pessoas não conhecem estas dicas de marketing!; 10 livros de negócios para comprar até ao final do ano.
Chamada para a ação
No início deste artigo, falamos de assuntos diretos ao ponto – e não há nada mais direto ao ponto do que um call-to-action logo no título. Além de despertar o sentido de urgência, que já referimos, a chamada para a ação faz isso mesmo, faz com que o leitor faça alguma coisa em relação ao e-mail.
Exemplos: Inicie agora a sua avaliação de [Produto/Serviço]; Saiba agora qual é o valor da sua lista de e-mails.
Questões
Outro método bastante conhecido e popular é enviar um e-mail com uma questão sobre determinado assunto. As perguntas fazem com que o leitor entenda que a resposta está no conteúdo do e-mail, atraindo-o a abrir a mensagem para saber qual a solução para o problema apresentado.
Exemplos: “Vai ficar de fora?” – pode fazer com que o destinatário se pergunte “Do quê?” e abra o e-mail, para saber o motivo; “Tudo pronto para amanhã?” – útil para lembrar pessoas inscritas num curso;
Tutoriais
Assim como o exemplo das listas numeradas, enviar tutoriais através do e-mail também pode render um bom número de cliques. Como o propósito de informar fica claro desde o início, as chances de o seu e-mail ser aberto aumentam consideravelmente.
Exemplos: Como definir o preço de um projeto sem ter prejuízo; Uma estratégia infalível para conseguir o primeiro cliente;
Follow-up
Se a sua taxa de abertura de e-mails anda baixa, uma das estratégias que pode adotar é fazer um e-mail segmentado para esse grupo, perguntando se há algum motivo em especial para que não estejam mais a abrir as mensagens. É bom lembrar que isso deve ser feito de maneira subtil e não acusatória, para que o subscritor se sinta à vontade para voltar a acompanhar o seu conteúdo.
Exemplos: Ainda tem interesse em ficar em boa forma?; Está alguém aí?
Títulos negativos
Pode parecer contraproducente, e é algo polémico, mas a verdade é que a maioria dos cérebros humanos possuem foco no negativo (é um motivo para os telejornais focarem notícias más) – e isso pode ser usado a seu favor. O conteúdo em si não precisa de ser negativo, mas uma negativa no assunto tem grande potencial de atrair a atenção do leitor, especialmente se colocar ênfase na palavra negativa.
Exemplos: Os 5 erros que NUNCA pode cometer numa reunião de negócios; 7 tipos de posts que NÃO pode fazer no Instagram;
Não use termos que são considerados spam
Esta é a dica bónus. Segundo a Hubspot, 69% das denúncias de spam surgem por causa das linhas de assunto e uma das razões tem a ver com algumas palavras usadas, que, não sendo proibidas, podem dar má reputação à sua empresa, em termos de e-mail marketing. Então, termos como “Crédito”, “Oferta”, “Compre”, “Promoção”, “Clique Aqui”, “Consulte-nos”, “Anuncie” ou “De graça” são arriscados para colocar no assunto do e-mail.
Como em tudo na vida, e ainda mais no e-mail marketing, o segredo está em fazer e testar – no caso dos assuntos de e-mail, fazer testes A/B, para ver que assunto gera mais aberturas, é uma prática essencial.