Archiretoma: tendências da Covid-19 e as novas oportunidades digitais

O ‘choque tecnológico’ que muitas pessoas e empresas enfrentaram nos últimos dois meses estão a transformar a forma de produzir, de vender e de gerir. É notório que há cada vez mais necessidade e espaço para apostar no digital.

Numa altura em que a conjuntura está mais incerta, é preciso refletir sobre novas perspetivas e ideias sobre o futuro da sua empresa. Tal como durante a fase de teletrabalho, a retoma poderá e deverá passar muito por uma estratégia digital. Ao longo desta semana, na Archiretoma, deixaremos alguns dados recolhidos, por várias fontes, nos tempos mais recentes.

1 – Segundo dados de um inquérito do Banco de Portugal e do Instituto Nacional de Estatística (INE), datado de final de abril – portanto, antes da primeira fase de desconfinamento -, uma parte significativa das cerca de 5800 empresas respondentes referiu ter adaptado a sua atividade devido à pandemia, através da diversificação ou modificação da produção (27%) ou através da alteração/reforço dos canais de distribuição (20%), com maior incidência no e-commerce.

2 – De acordo com um estudo da empresa GfK, divulgado pela ACEPI (Associação do Comércio Eletrónico e da Publicidade Interativa), desde o início do confinamento social, verificou-se um crescimento de 252% nas compras feitas através da internet, comparando com igual período de 2019. 

3 – Segundo o Eurostat, em 2019, 39% dos portugueses utilizavam a internet para fazer compras de produtos e serviços, um crescimento de 2% em relação ao ano anterior, um número que deverá crescer ainda mais quando forem reunidos os dados de 2020. No entanto, Portugal está na cauda da Europa no que toca ao comércio eletrónico. Acrescido a isso, antes da pandemia, apenas 17% das PME portuguesas efetuavam negócios online, de acordo com o INE. Tudo isto justifica que ainda há pouca concorrência no digital, o que pode representar uma boa oportunidade de crescimento.

4 – Os portugueses estão a gastar mais, em média, nas compras online. Segundo um conjunto de indicadores da evolução do consumo dos portugueses, divulgado pela SIBS, houve um aumento do valor médio diário dos gastos online, que passou de uma média de 33,8€ por compra, no início de março, atingindo um pico de 40,6€ por compra, um aumento de 20%, registado na semana de 20 a 26 de abril – ou seja, mais ou menos na altura de outro pico: o da Covid-19 em Portugal.

5 – De acordo com o barómetro da consultora Kaizen Institute, 73% das empresas dizem-se prontas para o regresso imediato e em pleno à atividade, cumprindo as regras de contingência. Cerca de 48% das empresas inquiridas acreditam que será possível retomar os níveis de atividade anteriores ao confinamento social num espaço de três meses a um ano.

Numa fase de retoma gradual da atividade, é importante continuar a investir de forma moderada e sustentável. Explore ideias, analise o que outras empresas estão a fazer em Portugal e no estrangeiro, como estão a gerir a marca nas redes sociais, que serviços adicionais estão a oferecer, por exemplo. Além disso, tem a possibilidade de apostar em ferramentas online que lhe permitam divulgar a sua marca, como os anúncios pagos no Google e no Facebook. Uma abordagem inovadora, com a inestimável ajuda de uma estratégia digital, irá alargar o seu leque de clientes.

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